8 alimentos que destroem seu intestino

8 alimentos que destroem seu intestino

Hoje vamos falar sobre aquelas comidas que realmente estão destruindo sua saúde intestinal.

Lembra quando eu sempre digo aqui no canal que “toda doença começa no intestino”?

Pois bem, sua imunidade depende da força do seu intestino e é por isso que cuidar da saúde digestória é uma das coisas mais importantes que você pode fazer pela sua saúde.

Então vamos mergulhar nesse universo e desvendar esses 8 alimentos cotidianos que podem estar secretamente conspirando contra o seu microbioma, aniquilando as boas bactérias, causando disbiose, inflamando seus intestinos e ainda por cima danificando a integridade da sua barreira intestinal, causando danos e abrindo caminho para que substâncias indesejadas façam uma festa perigosa na sua corrente sanguínea.

E não pense que isso é papo apenas para quem já tem problemas intestinais. Não, não! Essa informação é vital para todos!

Vilão n°1 – Leite

E agora vamos falar sobre o primeiro alimento desta lista de vilões intestinais: o leite.

Pessoal, o leite, especialmente em excesso, não é tão inofensivo quanto parece. Vamos ser sinceros, o leite é um alimento para bebês, certo?

É como se a natureza tivesse criado um superalimento para os filhotes, seja um adorável bezerrinho ou um gatinho fofinho.

Mas aqui vem a ironia: nós, humanos, somos os únicos malucos na natureza que insistem em beber leite após a infância.

E não apenas qualquer leite, mas leite de outra espécie! Então podemos já imaginar os problemas que isso causa.

À medida que crescemos, nosso sistema digestivo evolui, e a enzima lactase, que quebra a lactose do leite, vai diminuindo à medida que nós vamos nos desenvolvendo.

Por isso mesmo, há muitos casos de intolerância à lactose, devido à diminuição de lactase.

Por que isso acontece?

Porque o leite não é um alimento para adultos. E mais! Ao consumir leite de outra espécie, estamos nos expondo a proteínas que não são feitas para nós.

Proteínas como a caseína, que podem causar alergia, irritação e até inflamação no intestino.

E para os amantes da ciência, aqui vai um fato interessante: estudos mostram que a digestão da caseína A1, presente na maioria dos leites comuns no Brasil, libera uma substância chamada betacasomorfina-7.

Isso soa como algo saído de um filme de ficção científica, mas, na realidade, ela aumenta biomarcadores inflamatórios e alérgicos, além de mexer com a motilidade intestinal e a consistência das fezes.

Em outras palavras, é um convite aberto para a disbiose intestinal, um desequilíbrio na nossa flora intestinal que ninguém quer ter.

E não para por aí. No esforço de matar bactérias potencialmente perigosas, o leite é superaquecido durante um curto período.

Mas, a ironia! A pasteurização do leite, embora mate bactérias nocivas, também elimina enzimas e bactérias benéficas e altera a forma das proteínas, tornando-as menos amigáveis ao corpo.

Além disso, antibióticos administrados às vacas acabam no leite, assim como bactérias mortas pela pasteurização e pesticidas, podendo alterar a flora intestinal.

Vilão n°2 – Soja e seus derivados

E agora, meus caros, vamos falar sobre a soja e seus derivados, incluindo o leite e a carne de soja.

Muitos, na busca por uma vida mais saudável, trocaram o suco de frutas ou o leite de vaca por leite de soja saborizado ou substituíram o clássico hambúrguer de carne por um de soja, acreditando estar fazendo uma escolha superior.

Mas, preciso dizer: talvez não é bem assim… Pesquisas indicam que a soja pode interferir na população de Lactobacillus e Bifidobactérias, que são como os protetores do seu intestino.

E o mais intrigante é que a soja foi universalmente promovida como um alimento saudável, principalmente baseado na observação de que os japoneses, grandes consumidores de soja, tinham menos doenças em comparação com o Ocidente.

Mas, peraí! Antes de sair correndo para estocar soja, vamos aos fatos.

Os japoneses, e outras culturas asiáticas, não consomem soja da maneira que muitos no Ocidente fazem.

Eles apostam na soja orgânica e, o mais importante, fermentada, feita em casa. Isso significa que a soja passa por um processo que quebra suas estruturas complexas, tornando-a mais amigável para o nosso intestino.

Eles saboreiam tempeh, miso e outros derivados fermentados, enquanto nós, aqui do lado de cá do mundo, consumimos soja principalmente na forma de leites industrializados e carnes de soja processadas, muitas vezes geneticamente modificadas e sem as enzimas e bactérias benéficas.

E aí está o problema: a soja não fermentada é difícil de digerir, contém lectinas e pode causar danos ao intestino.

Por isso, se você quer incluir soja na sua dieta, minha recomendação é optar pela soja fermentada e orgânica, seguindo o exemplo dos nossos amigos orientais longevos.

Vilão n°3 – Frituras

E agora, outro alimento que pode ser um pesadelo para o seu intestino: são as frituras.

Quem não ama aquele pastel crocante, uma coxinha douradinha ou uma porção generosa de batatas fritas?

Mas, infelizmente, tenho más notícias para os fãs dessas delícias. O intestino enfrenta uma verdadeira maratona ao tentar digerir alimentos fritos.

Em comparação com as frutas e vegetais frescos, as frituras são como um desafio extremo para o nosso sistema digestório.

E não é só a dificuldade de digestão que é problemática, mas também os óleos usados nas frituras.

Os óleos mais comuns, como os de soja, de canola, milho e de girassol, são ricos em gorduras polinsaturadas que oxidam facilmente, causando inflamação no intestino.

E aqui vai um fato que talvez você não saiba: o óleo de soja, que é quase um protagonista na cozinha brasileira, nos restaurantes e lanchonetes, quando o assunto é fritura, pode ser um verdadeiro sabotador da saúde intestinal.

Um estudo publicado na revista Gut lançou uma bomba sobre o óleo de soja. Mostrou que ele não apenas reduz os níveis de algumas das nossas preciosas bactérias intestinais, especialmente as Faecalibacterium e Blautia, que produzem metabólitos que promovem a saúde, mas esse óleo também aumentou os níveis de Alistipes e Bacteroides, que estão relacionados ao desequilíbrio no metabolismo da glicose.

Portanto, da próxima vez que você se deparar com aquela tentação frita, lembre-se: ela pode ser uma armadilha disfarçada de delícia, colocando em risco a saúde do seu intestino.

Moderação na fritura, pessoal!

Vilão n°4 – Glúten

Então, vamos conversar sobre o pãozinho, especialmente sobre o glúten, esse ingrediente que é quase uma celebridade no mundo dos alimentos.

Encontrado na farinha de trigo e outros grãos, ele é responsável por tornar o pão irresistivelmente fofo, mas o glúten tem um lado obscuro que merece nossa atenção.

Primeiro, uma curiosidade linguística: glúten vem do latim e significa ‘cola’.

Ele atua como um agente de ligação na massa do pão, mas esse “superpoder” de adesão pode ter um efeito colateral perigoso dentro do nosso organismo. Basicamente, o glúten pode ser um pouco “grudento” demais para o nosso sistema digestivo.

Pessoal, o glúten é uma combinação de duas proteínas – glutenina e gliadina – e, adivinhe só, nosso corpo não possui as enzimas necessárias para quebrá-las completamente.

Isso torna o glúten um convidado que fica mais tempo do que o esperado no nosso sistema digestório.

Cada vez que ingerimos glúten, podemos estar, promovendo a permeabilidade intestinal, causando buraquinhos no nosso intestino.

Isso significa que partículas de alimentos podem acabar passeando por esses buracos e entrando na corrente sanguínea, causando uma festa de inflamações e reações imunológicas.

E um fato surpreendente revelado em pesquisas é que o glúten aumentou a permeabilidade intestinal em todos os pacientes testados, incluindo aqueles sem diagnósticos de desordens relacionadas ao glúten ou sintomas gastrointestinais.

Vilão n°5 – Macarrão instantâneo

Agora, vamos falar sobre um alimento que é um verdadeiro fenômeno de popularidade, mas que talvez não mereça tanto os holofotes quando se trata de saúde intestinal: o miojo, ou macarrão instantâneo.

Muitos pensam que o problema do miojo é seu alto teor de sódio. Mas, na realidade, o sódio é o menor dos problemas.

O verdadeiro problema está nos ingredientes escondidos nesses fios dourados de macarrão instantâneo.

Esses aditivos incluem corantes e conservantes, que não só podem causar reações alérgicas, mas também prejudicam a barreira intestinal.

Além disso, o miojo contém glúten e é rico em gorduras, incluindo gordura vegetal, que já sabemos que não é exatamente um presente para o nosso organismo.

O miojo é pré-cozido e frito. Isso mesmo, frito. Esse processo é feito para que ele perca água, prolongando sua validade, mas também adicionando mais um elemento prejudicial à sua composição.

Quanto ao famoso tempero em pó, ele é um mistério em si.

Com ingredientes vagamente descritos, fica difícil saber exatamente o que estamos consumindo: o tempero também contém açúcar e o controverso glutamato monossódico (MSG).

Esse aditivo é conhecido por causar uma série de sintomas desagradáveis como tontura, enxaqueca, fraqueza e doenças mais graves.

Também tem sido associado ao aumento da permeabilidade intestinal e desencadear respostas inflamatórias, levando a doenças como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa.

Vilão n°6 – Adoçantes artificiais

No pódio dos piores alimentos para a saúde intestinal, a medalha de bronze vai para os adoçantes artificiais. Promovidos como alternativa sem calorias ao açúcar, os adoçantes não são tão benéficos quanto parecem.

De acordo com pesquisas, eles têm um impacto negativo geral na saúde intestinal. Eles alteram o equilíbrio dos micróbios no intestino, mudando a proporção das diferentes espécies que lá vivem.

E quando você descobre que muitos adoçantes artificiais têm uma origem química próxima aos pesticidas, isso começa a fazer sentido.

Pesticidas, como sabemos, são projetados para matar – não exatamente o que você quer para o seu intestino, certo?

Estudos revelam que adoçantes como sucralose, sacarina e aspartame, mesmo em doses baixas, reduzem a produção de uma proteína essencial para a secreção de muco intestinal protetor.

E se isso não bastasse, há estudos, como um da Duke University em 2007, mostrando que a sucralose pode matar cerca de 50% das bactérias intestinais.

Imagine só: cada vez que você usa esses adoçantes, está potencialmente dizimando metade dos habitantes do seu intestino, que são essenciais para a sua saúde.

Talvez seja hora de repensar essa relação e considerar alternativas mais amigáveis ao seu sistema digestório.

Vilão n°7 – Bolacha recheada

Nossa medalha de prata dos piores alimentos para o intestino vai para a bolacha recheada, um lanche popular que muitos colocam na lancheira dos filhos.

Você já notou como um biscoito recheado pode ficar parado por dias, meses, até anos, sem apodrecer?

Ela pode mudar de consistência, amolecer, mas não estraga. Isso soa quase como um truque de mágica, mas na verdade, é um alerta sobre o que estamos consumindo.

Além do açúcar, primeiro vilão da saúde intestinal, há a gordura vegetal hidrogenada e aditivos como Carboximetilcelulose (CMC) e Polissorbato 80 (P80).

Esses aditivos são usados como espessantes e emulsificantes, permitindo que as gorduras e a água se misturem para criar um recheio cremoso.

O problema é que estudos têm mostrado que emulsificantes sintéticos como o CMC e o P80 podem ter impactos sérios sobre certas bactérias da microbiota intestinal, promovendo inflamações.

O CMC está associado a doenças inflamatórias crônicas, enquanto o P80 pode danificar a camada intestinal, aumentando a vulnerabilidade a alérgenos e outras substâncias nocivas. Um estudo mostrou que mesmo uma pequena quantidade de P80 pode causar danos significativos à camada intestinal.

Portanto, apesar de saborosas, as bolachas recheadas podem ter impactos negativos na saúde intestinal, especialmente das crianças, tornando importante escolher lanches mais saudáveis e menos processados.

Vilão n°8 – Refrigerantes, sucos adoçados e água (hein?)

Chegando na “medalha de ouro” dos alimentos a evitar para manter um microbioma saudável, temos um trio controverso de bebidas: refrigerantes, sucos adoçados e, surpreendentemente, água, mas já explico isso.

Começando pelas bebidas açucaradas como refrigerantes e sucos adoçados, não é segredo que o açúcar em excesso é prejudicial.

Mas você sabia que, além de contribuir para problemas como obesidade e diabetes, o açúcar dessas bebidas pode ser um verdadeiro vilão para o intestino?

Uma revisão no European Journal of Nutrition e um estudo publicado na revista Gut destacam que bebidas açucaradas estão associadas a desequilíbrios na microbiota intestinal e até a um risco aumentado de câncer colorretal.

O consumo excessivo de açúcar pode corroer a barreira intestinal, aumentando a permeabilidade e levando a inflamações.

Estudos mostram que o açúcar presente nos refrigerantes afeta negativamente a saúde intestinal, diminuindo uma enzima chamada fosfatase alcalina intestinal, essencial para reconstruir as junções intestinais.

Isso resulta em menos defesa mucosa, reconstrução inadequada das junções de proteínas e, consequentemente, maior permeabilidade intestinal, diminuindo a integridade da barreira do intestino.

E aqui nem estou mencionado os refrigerantes diets porque já entra na categoria de adoçantes que falei anteriormente. Outro problema sobre refrigerantes e sucos industrializados são os conservantes e corantes que podem ir irritando a mucosa intestinal.

Agora, sobre a água, estou falando da água de torneira: embora as estações de tratamento façam um excelente trabalho ao limpar e reciclar a água, elas frequentemente adicionam muito cloro para matar bactérias nocivas.

Este é um mal necessário para evitar problemas de saúde pública.

No entanto, se o cloro pode matar bactérias na água, também pode impactar negativamente as bactérias benéficas no seu intestino.

A solução? Filtros de água. Investir em um filtro doméstico pode ser uma maneira eficaz de remover o cloro da água que bebemos e usamos diariamente.

Além disso, é importante considerar um filtro para o chuveiro, pois a pele também pode absorver o cloro durante o banho.

Portanto, ao pensar em saúde intestinal, é crucial considerar não apenas o que comemos, mas também o que bebemos.

Optar por água filtrada e limitar o consumo de bebidas açucaradas pode ser um passo significativo para manter um microbioma saudável e proteger a saúde intestinal.

Vídeos relacionados aos alimentos que destroem seu intestino

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Muito obrigado pela sua atenção. Um grande abraço e um beijo no seu coração. Você é fera!

Referências

Dr. Alain Dutra
Dr. Alain Dutrahttps://artigos.alainuro.com
Dr. Alain Dutra é médico urologista. Além dos aspectos tradicionais de uma consulta médica, busco avaliar a sua vida como um todo, para entender onde seus hábitos de vida (sejam esses alimentares, de exercícios ou níveis de estresse) estão contribuindo para o seu atual estado de saúde.

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