Óleos vegetais – A causa da maioria das doenças crônicas atuais
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Você vai conhecer uma teoria de um oftalmologista americano que atesta que os óleos vegetais seriam a principal causa das doenças crônicas atuais.
O que as doenças cardíacas, câncer, pressão alta, derrame, diabetes, obesidade, síndrome metabólica, doença de Alzheimer, degeneração macular e outras doenças crônico-degenerativas da sociedade moderna têm em comum?
Todos elas aumentaram em quantidades chocantes nas últimas décadas. E todos elas estão ligadas ao consumo de óleos de sementes.
Ao longo desse artigo entendam que quando eu me referir a óleos vegetais, a não ser que eu avise o contrário, eu vou estar falando de óleos vegetais poliinsaturados processados omega-6 extraídos de sementes e com adição de gorduras trans.
Então eu não vou estar falando de óleo de coco, abacate ou de oliva, ok?
Síndrome metabólica
Há aproximados 3 anos eu publiquei um vídeo sobre a causa de 70% das doenças, a síndrome metabólica.
Eu recomendo que você assista esse vídeo quando tiver um tempinho, porque ele tem tudo a ver com o assunto de hoje.
Evidências do Dr. Chris Knobbe
O oftalmologista Dr. Chris Knobbe diz que a maioria das doenças crônicas, como doenças cardíacas, câncer, pressão alta, acidente vascular cerebral, diabetes, obesidade, síndrome metabólica, doença de Alzheimer e degeneração macular, estão ligadas ao consumo de óleos de sementes processados, como o óleo de soja.
Em um discurso recente no Hotel Sheraton Denver Downtown, o Dr. Chris Knobbe revela evidências surpreendentes de que o óleos de sementes, tão prevalente nas dietas modernas, é a razão da maioria dos casos de doenças crônicas atuais.
Ele é o fundador da Cure AMD Foundation, sem fins lucrativos, dedicada à prevenção da perda de visão por degeneração macular relacionada à idade (AMD).
E ele é um ex-professor emérito do Centro Médico da Universidade do Texas. Sua pesquisa indica que o alto consumo de óleo ômega-6 das dietas atuais é o principal fator unificador das doenças degenerativas crônicas da civilização moderna.
Quem quiser conferir a palestra original dele em inglês, assista aqui
Os tipos de óleos vegetais de sementes comestíveis
As gorduras trans e os ácidos graxos poliinsaturados, também chamados de PUFAs, são encontrados em óleos vegetais de sementes comestíveis.
E em termos históricos, são uma invenção bastante recente.
Exemplos incluem os de:
- Sementes de algodão
- Colza ou Canola
- Girassol
- Farelo de arroz
- Soja
- Milho
Fatos históricos da produção dos óleos vegetais
Esses tipos de óleos passaram a existir à partir da invenção da “tecnologia de moinho de rolos”, que por volta de 1880 substituiu a tecnologia de moinho de pedra usada para moer trigo.
A tecnologia do moinho de rolos facilitou a remoção completa do farelo e do germe de um grão, deixando apenas o endosperma, um produto refinado com os nutrientes removidos.
Primeira gordura trans criada artificialmente
O primeiro desses óleos poliinsaturados foi o óleo de semente de algodão, que foi logo submetido a hidrogenação, produzindo a primeira gordura trans criada artificialmente pelo homem.
Este tipo de óleo foi introduzido pela gigante Proctor & Gamble em 1911 com o nome ‘Crisco’.
A primeira propaganda desse óleo no início do Século XX nos EUA, era que se tratava da “alternativa mais saudável à banha de porco … e mais econômica que a manteiga.”
Substituição das gorduras animais pelos óleos vegetais
Crisco é o avô dos óleos vegetais processados produzidos atualmente, cheios de gorduras trans, e até hoje é bastante vendido nos EUA.
O plano dos produtores de óleo vegetal era de vender mais e substituir as gorduras animais, cujo preço era mais alto.
E como todos nós sabemos, o plano foi bem-sucedido.
Números do consumo atual nos EUA
Esse tipo de óleo ficou tão popular, que atualmente compõem 63% da dieta americana, formam a base das recomendações alimentares do órgão USDA, e são encontradas em 600.000 alimentos processados vendidos hoje nos EUA.
Segundo Knobbe, em 1909, os americanos ingeriam 2 gramas por dia de óleo vegetal. Em 2010 eles estavam comendo 80 gramas de óleo vegetal por dia.
Algumas razões pelas quais os óleos vegetais processados são prejudiciais
Existem várias razões pelas quais os óleos vegetais processados são prejudiciais, segundo Dr. Knobbe.
Ao contrário das gorduras animais, elas não têm vitaminas A, D e K, por isso são deficientes em nutrientes.
Elas contribuem para a maioria das doenças crônicas associadas à civilização moderna. E os PUFAs, os óleos vegetais, também contribuem para a epidemia da obesidade.
Os 80 gramas de PUFA por dia que os americanos estão consumindo agora somam 720 calorias, diz Knobbe, o que significa que um terço das calorias das pessoas está “saindo das fábricas de óleos”
Números comparando as doenças crônicas do início do século em relação aos dias atuais.
- Doença cardíaca
- Em 1900. 12,5% da população dos EUA morreu de doença cardíaca
- Em 2010, esse número é de 32%
- Câncer
- Em 1811, 1 pessoa a cada 118 morria de câncer
- Em 2010, 1 pessoa a cada 3 morre de câncer.
- Diabetes tipo 2
- Em 80 anos, a incidência de diabetes tipo 2, aumentou 25 vezes
- Obesidade
- No século 19, 1,2% dos americanos eram obesos.
- Em 2015, 39,8% eram obesos
- Degeneração macular
- Em 1930, não houve mais de 50 casos de degeneração macular
- Em 2020, são mais de 196 milhões de casos
Muitos podem argumentar que essa diferença se dá por conta de que nessa época remota as pessoas morriam bem mais jovens e portanto de doenças infecto-contagiosas, mas acho que somente isso não explica os números.
Reações bioquímicas prejudiciais
A raiz das reações bioquímicas prejudiciais impostas pelos óleos de sementes é o ácido linoleico, segundo Knobbe, que é uma gordura ômega-6 de 18 carbonos.
O ácido linoleico, não confunda com o linolênico, ou com o CLA ou GLA, é o ácido graxo principal encontrado nos PUFAs e representa cerca de 80% do total.
Equilíbrio ideal dos ômegas
As gorduras ômega-6 devem ser equilibradas com as gorduras ômega-3 para não serem prejudiciais, e o equilíbrio ideal seria de 1 para 4, um ômega 3 para cada quatro ômega 6.
Desequilíbrio dos ômegas nas dietas atuais
A maior parte das dietas atuais é de 1:20, 20 vezes mais ômega-6 do que ômega-3.
A maioria desse ácido linoleico, quando oxida, desenvolve hidroperóxidos lipídicos, uma forma de radical livre, que leva a disfunção mitocondrial, base de todas as doenças crônicas.
Os metabólitos oxidados do ácido linoleico são uma tempestade perfeita. Eles são citotóxicos, genotóxicos, mutagênicos, carcinogênicos, aterogênicos e trombogênicos, isso segundo Knobbe.
Calma… Esse monte de palavrões significa que eles inflamam e matam as células, geram câncer, formam placas nas artérias e coágulos ou trombos.
Isso é responsável direto por derrames, infartos e disfunção erétil.
Doenças que se tornaram epidêmicas
O diabetes, a resistência à insulina e a síndrome metabólica tornaram-se epidêmicas desde que a dieta dos EUA se baseou em PUFAs.
Estima-se que quase 70% dos americanos estejam com sobrepeso ou obesos e uma quantidade substancial estejam com problemas metabólicos.
Certamente não é diferente no Brasil. Isso coloca as pessoas em risco de muitas doenças crônicas associadas à resistência à insulina, do câncer à doença de Alzheimer.
A resistência insulínica associada ao estresse oxidativo impedem que as pessoas usem as gorduras como fonte de energia, e o individuo só ganha peso e fica totalmente dependente de carboidratos para o seu metabolismo.
Estudos em ratos
Em um estudo, dois grupos de ratos foram submetidos a dietas idênticas, a única mudança era que um grupo recebeu 5% de óleo de algodão e o outro recebeu 1,5% de gordura da manteiga.
O resultado do estudo foi que os ratos alimentados com óleo de algodão cresceram somente sessenta por cento do tamanho normal e viveram em média 555 dias.
Além disso eram fracos, frágeis e doentios.
Os ratos alimentados com gordura da manteiga eram saudáveis; cresceram para o tamanho normal e viveram 1020 dias, chegando a quase o dobro do tamanho dos ratos do outro grupo, além de terem vivido duas vezes mais e com muito mais saúde.
Caso de Tokelau
Os habitantes de Tokelau que vivem em ilhas no Pacífico Sul entre o Havaí e a Austrália comem uma dieta quase exclusivamente de coco, peixe, tubérculos ricos em amido e frutas.
Entre 54% e 62% de suas calorias vêm do óleo de coco, que contém a tão demonizada gordura saturada.
No entanto, um estudo com homens de Tokelau com idade entre 40 e 69 anos descobriu que eles não tiveram ataques cardíacos, obesidade e diabetes. Eles eram “fantasticamente saudáveis”, segundo Knobbe.
Perigo dos alimentos processados
Quer se trate de estudos com animais ou em pessoas, pelo menos 80% da obesidade e doenças crônicas nos países ocidentais vêm de alimentos processados.
É impulsionado por óleos vegetais e gorduras trans.
Portanto fique longe de restaurantes de fast food e evite comer frituras fora de casa, porque certamente eles irão usar óleo de soja ou de milho.
LDL colesterol
Como eu já falei em outro vídeo, o LDL colesterol não é de fato vilão. Assista ao vídeo
Ele tem importantes funções no organismo. Reduzir a carne vermelha e a gordura saturada além de comer mais óleo vegetal pode causar a queda do LDL, porém esse LDL vai ser altamente suscetível a oxidação.
É o efeito da oxidação do LDL que desencadeia a resistência à insulina e problemas relacionados, incluindo as doenças cardíacas – algo que os exames de LDL comuns não detectam.
Comer gordura saturada, por outro lado, pode aumentar o seu LDL, mas essas partículas de LDL serão grandes, flutuantes e macias, não sujeitas a oxidação, e não vão causar danos arteriais.
Doutor, por favor, diga entao qual seria um bom substituto para esses oleos. O oleo de coco tambem e prejudicial? E o azeite?
Muito obrigada!
Os dois são boas opções
Dr. Alain Machado Dutra
Na verdade; no país que nós estamos hj, infelizmente não tem como correr até porque, a maioria dos produtos alimentícios fabricados no Brasil, são todos falsificados porque até a ANVISA, não consegue controlar devido tanta CORRUPÇÃO POLÍTICA.
Boa Noite Dr Alain
Tomo diariamente uma cápsula do Evening Prim Rose oil (óleo de prímula), da Natures’ Bounty. No rótulo está escrito que contém Cis-linoleic Acid (LA) 730mg e Gama-Linolenic Acid (GLA)90 mg. Teoricamente ajuda no combate a TPM e sintomas da menopausa. Esses componentes sao os acidos que o Sr menciona no artigo que são prejudiciais?
Não, esses que voce fala são bons