Alimentos ultraprocessados e morte
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Pesquisadores sempre tentaram fazer a ligação entre o consumo de “alimentos ultraprocessados” e a maior incidência de doenças, como diabetes e câncer.
Sempre falo do mal que os alimentos ultraprocessados podem fazer a saúde.
Sempre falo em minhas postagens e vídeos sobre a importância de comer uma alimentação limpa, natural, feita em casa onde você conheça os ingredientes e saiba o que são cada um desses ingredientes.
Até hoje, essa associação nunca tinha sido de fato investigada (provavelmente por falta de financiamento e interesse em comprovar o que já se sabe a muito tempo).
Mas agora, um estudo publicado no JAMA Internal Medicine apresenta novas evidências ligando o consumo de alimentos ultraprocessados com um aumento do risco de morte prematura.
Conheça o estudo mais a fundo
Em seu estudo, uma equipe de pesquisadores franceses começou a registrar os hábitos alimentares de mais de 44.000 pessoas desde 2009 para monitorar a ingestão de alimentos “ultraprocessados“.
Alimentos ultraprocessados são caracterizados por formulações prontas para consumo, incluindo lanches junk food (tipo lanchonete do palhaço), congelados como nuggets, massas e pizzas, sobremesas e algumas carnes, corantes artificiais, adoçantes, emulsificantes e estabilizantes etc…
Ao longo de oito anos, 602 participantes morreram – 219 de câncer e 34 de doença cardiovascular.
Com base nos números, os cientistas estimaram que um aumento de 10% no consumo de alimentos ultraprocessados resultou em um aumento de 15% na mortalidade.
Esse elo foi claro, mesmo quando os pesquisadores consideraram o estilo de vida, tabagismo, obesidade e escolaridade dos participantes.
Veja bem, apenas 10% de aumento no consumo desse tipo de produto resultou em 15% o aumento de mortalidade!
Em 2017, pesquisadores publicaram resultados semelhantes do mesmo estudo, observando mais câncer entre grandes consumidores de alimentos ultraprocessados.
O que há nesses alimentos que causam impactos negativos na saúde?
Tais alimentos são atraentes porque tendem a ser mais baratos, são altamente palatáveis devido ao alto teor de açúcar, sal, farinhas refinadas (glúten) e gordura trans, são amplamente disponíveis, altamente comercializados, prontos para comer, e suas datas de uso são longas contendo conservantes duvidosos, então duram mais tempo no mercado.
Também contém aditivos potenciais cancerígenos como nitrito de sódio, óxido de titânio, corantes e glutamato monossódico.
As evidencias contra alimentos ultraprocessados estão aumentando, esse estudo acrescenta a importância sobre conscientizar as pessoas dos danos à saúde de alimentos ultraprocessados.
Este estudo foi feito com pessoas de meia idade, muitas entraram na vida dos ultraprocessados já adultas.
E nossas crianças que começam desde seus primeiros passos a se alimentarem de algo que já nos mostra a tempos potencial risco a saúde? O que será da nova geração?
Fonte do link do estudo:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30742202
Alimentos ultraprocessados x não processados
Conheça as principais diferenças entre os alimentos ultraprocessados e os não processados e dando destaque especialmente a um excelente estudo recente que teve grande impacto falando sobre essas diferenças.
Principais aditivos prejudiciais
Quando a gente fala sobre dieta muitas pessoas ficam confusas sobre a questão de macronutrientes, quanto de carboidratos ou de gordura consumir, mas acho que fica bem claro para todo mundo que os alimentos cheios de conservantes, corantes, espessantes, entre outros, não fazem nenhum bem a saúde.
01 – Sabores artificiais
Além disso, são cheios com sabores artificiais, outras porcarias que são adicionadas porque senão de outra forma você não conseguiria tolerar o gosto desses alimentos.
02 – Corantes artificiais
Também tem corantes artificiais: É sabido que nós humanos somos atraídos por alimentos coloridos como um mecanismo de sobrevivência.
03 – Xarope de milho e óleo de milho
Também temos o xarope de milho e o óleo de milho processado altamente inflamatório além de a farinha de trigo altamente processada e cheia de alvejantes.
Estudo sobre alimentos ultraprocessados x não processados
Então esse estudo que foi feito pelo NIH (National Institute of Health) e capitaneado pelo Kevin Hall. Eles pegaram 10 homens e 10 mulheres em um estudo de 28 dias de duração.
Nas duas primeiras semanas eles basicamente só comeram comida ultraprocessada.
Nos últimos 14 dias comeram comidas saudáveis e integrais, ou seja saladas, verduras e frutas e carnes orgânicas.
Então no período total, seja na fase do junk food ou na fase da comida saudável eles podiam comer o tanto que quisessem nas refeições e sem restrições.
Então você quer saber o que eles encontraram no final do estudo?
Na fase da comida processada eles comiam em média mais 508 calorias por dia, se comparado com a outra fase do saudável.
Então isso demonstrou de uma forma bem clara que essas comidas refinadas estavam ativando o centro de fome do cérebro.
Quer dizer, além de todo o mal que essas porcarias fazem pelo efeito inflamatório e de aumento do peso elas ainda induzem você a comer mais e mais.
No final do estudo concluíram que comer alimentos naturais não é somente uma ótima forma de tratar obesidade mas também de evitar a epidemia de doenças crônicas.
Então tente ficar o máximo possível longe de alimentos ultraprocessados porque assim você poderá se livrar da obesidade e das doenças crônicas e evitar também as compulsões alimentares que esses alimentos provocam.