Conheça os 6 tipos de Alzheimer
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De acordo com dados atualizados, há uma estimativa de que existam 35,6 milhões de pessoas com Alzheimer no mundo, um número que, infelizmente, deve dobrar até 2030.
No Brasil, é possível que existam cerca de 1,2 milhões de pessoas com Alzheimer e a maior parte das pessoas com a doença ainda não recebeu o diagnóstico médico e o tratamento necessário.
Somente o diagnóstico, porém, não ajuda a evitá-la ou revertê-la. É necessário determinar o motivo pelo qual você tem Alzheimer e, aí sim, desenvolver um plano de tratamento.
O que eu quero que você entenda é que há pelo menos 36 contribuintes diferentes para o declínio cognitivo e sintomas da doença.
Ou como eu gosto de dizer, se nossa memória fosse um telhado, temos pelo menos 36 “goteiras” que podem contribuir para o declínio cognitivo.
A maioria das pessoas que já têm Alzheimer ou um comprometimento cognitivo acabam por ter entre dez e vinte e cinco “goteiras” que precisam ser consertadas para a melhora do seu declínio cognitivo.
Além de identificar esses contribuintes para o declínio cognitivo, existem também diferentes grupos de fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença e com base nesses grupos existem tipos distintos de doença de Alzheimer.
Os 6 tipos de Alzheimer
Na verdade, agora acreditamos que existem 6 tipos diferentes de Alzheimer, e no primeiro momento identificar o tipo ou tipos, que o paciente tem, pode ser fundamental para direcionar o tratamento através do protocolo ReCODE.
Os seis tipos de doença de Alzheimer incluem:
Alzheimer tipo 1 é inflamatório
O Alzheimer tipo 1 é inflamatório – ou quente – e é impulsionado por inflamação contínua.
Na verdade, um dos principais mediadores da resposta inflamatória é chamado NFκB (fator nuclear kappa-light-chain enhancer de células B ativadas), e isso aumenta a produção de moléculas que produzem amilóides (fibrilas proteicas que podem se depositar em vários tecidos prejudicando a função de vários órgãos), então realmente há uma ligação direta da inflamação ao Alzheimer.
Alzheimer tipo 2 é atrófico
O Alzheimer tipo 2 é atrófico – ou frio – e é impulsionado por níveis insuficientes de nutrientes, hormônios ou fatores tróficos (moléculas auxiliares que permitem que um neurônio desenvolva e mantenha conexões com os seus vizinhos).
Simplificando, seu cérebro não está recebendo blocos de construção suficiente para manter as conexões sinápticas.
Alzheimer tipo 1.5 é glicêmico
O Alzheimer tipo 1.5 é glicêmico – ou doce – é impulsionado por níveis altos de açúcar no sangue ou alta insulina em jejum.
Chamamos esse tipo de 1.5 porque tem características tanto do tipo 1 quanto do tipo 2:
- A inflamação crônica (tipo 1) ocorre porque a glicose realmente se liga a muitas de suas proteínas causando uma resposta inflamatória.
- O suporte trófico reduzido (tipo 2) ocorre porque suas células cerebrais se tornam menos sensíveis à insulina, que é um fator crítico de crescimento para elas (resistência insulínica).
Alzheimer tipo 3 é tóxica
A doença de Alzheimer tipo 3 é tóxica – ou vil – é impulsionada pela exposição a toxinas como mercúrio, tolueno ou micotoxinas (a exposição a alguns tipos de mofo pode causar Alzheimer através de toxinas dos esporos feitas por mofos, como Stachybotrys e Penicillium).
Como estamos expostos a toxinas, todos experimentamos esse risco em maior ou menor grau, por isso a chave é minimizar a exposição, identificar as toxinas às quais estamos expostos e aumentar a excreção e desintoxicação delas.
Alzheimer tipo 4 é vascular
A doença de Alzheimer tipo 4 é vascular – ou pálida – é impulsionada por doenças cardiovasculares.
O cérebro não está recebendo sangue o suficiente. O vazamento vascular representa uma das primeiras alterações identificadas na doença de Alzheimer.
Alzheimer tipo 5 é a traumática
A doença de Alzheimer tipo 5 é a traumática – ou atordoada – é impulsionada por traumatismo craniano — seja por um acidente de trânsito ou queda ou mesmo por ferimentos leves na cabeça durante os esportes (mais comum em boxeadores e jogadores de futebol americano).
Conclusão
Se analisarmos esses diferentes tipos de doença de Alzheimer, e as causas de cada tipo, podemos ver que praticamente todos nós temos algum risco de ter Alzheimer, e essa é uma das razões pelas quais é uma doença tão comum.
Com todas essas variantes, não é à toa que a medicina convencional não tenha chegado ainda a um tratamento efetivo.
É impossível desenvolver uma droga capaz de prevenir e curar todos esses fatores, pelo menos por enquanto.
A boa notícia é que quase todos nós podemos evitar ou reverter o problema, ao identificarmos quais são as “goteiras” de devemos tapar.
O objetivo geral do tratamento do Alzheimer pode ser resumido como remoção, resiliência e reconstrução:
- remoção das exposições que contribuem para o declínio cognitivo;
- resiliência resultante do suporte ideal à saúde;
- reconstrução da rede neural.
Assista meu vídeo onde falo sobre os 6 tipos de Alzheimer