Redes sociais emburrecem as pessoas?

Redes sociais emburrecem as pessoas?

Será que as redes sociais emburrecem as pessoas? E se for verdade tem algo que possa ser feito? É o que você vai descobrir lendo o artigo ou assistindo até o final.

Estava com esse assunto na cabeça de que as redes sociais emburrecem e comecei a escrever um roteiro sobre o tema.

Aí me deparei com um excelente vídeo de 2019 do canal Eureka, e eu gostei tanto, que me baseei nele para dar suporte a minha argumentação.

Para quem quiser ver esse vídeo, e eu recomendo assista aqui

Redes sociais emburrecem – Números das redes

Redes sociais emburrecem - Números das redes

Em 2010 um sétimo da população do planeta estava ligada as redes sociais. Em 2019 esse número saltou para um terço.

Com a pandemia e o aumento ainda maior do uso da internet, algumas projeções acreditam que mais da metade das pessoas hoje, no segundo semestre de 2020, estão usando as redes sociais.

São cerca de 4 bilhões de pessoas.

Mas qual seria o problema disso, talvez você me pergunte?

O que tem acontecido é um vício psicológico, que é bastante forte e significativo. Um estudo neurológico identificou que as redes provocaram danos na mesma região do cérebro relacionada a dependência química.

E as regiões danificadas são aquelas relacionadas aos processos de atenção e decisão.

E isso é fundamental para um adulto ser produtivo e eficiente no seu trabalho, por exemplo.

Mas porque acontece esse dano neuropsicológico?

Redes sociais emburrecem - Vicio em likes

As redes mexem com o mecanismo de recompensa do cérebro da seguinte forma: Dão uma recompensa rápida com um esforço muito baixo.

Nós estamos falando dos likes, dos comentários, das reações positivas aos nossos posts.

Essas pequenas recompensas geram disparos de dopamina, um neurotransmissor no nosso cérebro.

A dopamina é um dos disparadores de prazer no cérebro.

Isso gera um comportamento compulsivo, quanto mais posts, mais likes, e quanto mais likes, mais vontade de postar.

Essa compulsividade gera muitos lucros para empresas como o Facebook, dona também do Instagram, lógico que através de anúncios publicitários.

Porém os usuários, cada vez mais compulsivos, ficam sendo prejudicados através de 4 mecanismos diferentes.

Redes sociais emburrecem – 4 prejuízos para você

Prejuízo 01

Prejuízo um é a piora da memória e diminuição da eficiência na multitarefa.

Mesmo trocando com facilidade entre várias redes sociais, os usuários passam a perder eficiência nas trocas de tarefas importantes, como no trabalho. Isso porque as redes distraem e distraem muito.

Elas desfocam a pessoa e diminui a capacidade de foco e atenção. E isso atrapalha a retenção de informações pelo cérebro.

Prejuízo 02

É a perda de controle da continuidade da atenção. Cada interrupção que sofremos no nosso dia a dia faz a gente demorar 23 minutos para voltar para o foco e para o fluxo de produtividade.

E quanto mais vezes você é interrompido maiores são as chances de você se distrair involuntariamente no mesmo dia.

Um estudo sustenta que o cidadão comum mexe 80 vezes por dia no celular, ou seja, uma vez a cada 10 minutos.

Prejuízo 02

Você fica mais egocêntrico e vaidoso.

Quem não conhece uma blogueirinha que tira 10 selfies sem conteúdo algum todos os dias?

Se for uma menina bonita e que arranca muitos suspiros masculinos é pior ainda. Essa ativação dos centros de recompensa do cérebro que comentei agora há pouco, isso é maior ainda quando as pessoas comentam sobre si próprias.

Então as redes estimulam, e muito, as pessoas ficarem ainda mais centradas em si próprias, muito mais do que se a conversa fosse pessoalmente cara a cara com algum amigo ou amiga por exemplo.

E esse egocentrismo é péssimo. Gera por exemplo falta de compaixão com o próximo, e também vitimismo e mimimi.

Prejuízo 04

O prejuízo quatro é que a sua estrutura de pensamento fica mais rasa e trivial. Nicolas Carr fala sobre isso em seu livro.

Mas acho que todos vocês já perceberam isso na prática de alguma forma.

Em um estudo com 149 estudantes do ensino médio no Canadá, a conclusão foi a de que os que usavam mais pesadamente as redes eram os que tinham mais dificuldade de se engajar em pensamentos reflexivos e davam menor ênfase a objetivos morais.

A conclusão do narrador do vídeo do canal Eureka é a de que tudo isso nos leva a ter uma atitude mais passiva.

Excessos de informações e distrações

São excessos de informações e distrações levando as pessoas a virarem consumidores e expectadores sem iniciativa e com muito pouco esforço mental.

E isso leva a menos interesse e capacidade em ler livros, menos capacidade de formular ideias e de criar pensamento crítico.

Agora a minha opinião é que isso está formando um novo normal. E nesse novo normal predominam o exibicionismo, o superficialismo, a distração eterna, e o déficit de atenção generalizado.

Um estudo mostrou que 4 semanas afastado do Facebook levou a mais felicidade, menos depressão e ansiedade, e maior satisfação com a vida.

Eu publiquei um vídeo em Setembro de 2019 em que eu falei sobre o fenômeno do aumento da insatisfação interna nas pessoas por conta das comparações geradas pelas redes.

Vídeo sobre redes sociais e sentimento de inadequação

Efeito colaterais do uso desenfreado de redes sociais

Outra coisa, algo que percebo no meu consultório. As pessoas estão cada vez mais irritadiças, impacientes e ansiosas, esse é outro efeito colateral desse consumo desenfreado de conteúdo aleatório, ao meu ver.

Cada ano que passa parece que muda os parâmetros do consumo de informação rápida.

A rede Tik Tok tem se popularizado com vídeos de duração de menos de 30 segundos.

E esses vídeos tem foco em serem meramente divertidos ou provocantes, com pouco ou nenhum conteúdo educativo ou edificante.

Parece estar havendo um movimento coordenado global em piorar a atenção das pessoas e aliená-las. Não me parece ser uma mera coincidência.

A pergunta que fica, é; quem ganha com uma população mais rasa, mais distraída e menos crítica?

Eu tenho minhas próprias teorias mas vou guardar para mim mesmo, mas reflita comigo, não seria melhor combater esse efeito pernicioso?

Seja quais forem os responsáveis por esse movimento de emburrecimento e alienação global precisamos combater para não virarmos escravos.

Dicas para não deixar as redes sociais emburrecem você

Então para combater esse efeito deletério sobre nossas mentes, siga as dicas que eu vou falar agora.

Dica 01

Desligue todas as notificações de aplicativos do seu celular.

Deixe seu celular no silencioso, se possível. As mensagens vão continuar lá, se você precisar delas, mas você não deve ficar sendo tentado a checar o tempo todo.

Dica 02

Escolha momentos fixos do dia para checar suas mensagens.

Eu mesmo só checo na hora do almoço e também depois de encerrado o expediente do trabalho.

Mas você pode escolher outros horários mais convenientes para você, contanto que não seja a cada 10 minutos.

Eu uso muito o WhatsApp web no computador por exemplo, porque eu acho muito menos distrativo. Eu evito o máximo possível pegar no aparelho.

Dica 03

Escolha com sabedoria quem você segue e evite seguir pessoas que te provocam sentimentos de inadequação, como aquela blogueira supostamente perfeita.

Mesmo sem querer, seguir esse tipo de pessoa vai te gerar uma inveja que vai te fazer mal.

Obviamente se a pessoa tiver um bom conteúdo, que gere valor e melhora de qualidade de vida, nesse caso vale a pena seguir.

Dica 04

Tenha momentos de introspecção sozinho para que você possa ter insights que possam ser valiosos na sua vida.

Tire um momento para reflexões e para leituras.

E você? O que acha?

Pensa que o excesso de estímulos e de informações está irritando o cérebro das pessoas, provocando bloqueios e distrações?

Acha que não tem nada a ver? Tem alguma sugestão para melhora? Deixe sua opinião abaixo nos comentários.

FONTES CIENTÍFICAS:

Dr. Alain Dutra
Dr. Alain Dutrahttps://artigos.alainuro.com
Dr. Alain Dutra é médico urologista. Além dos aspectos tradicionais de uma consulta médica, busco avaliar a sua vida como um todo, para entender onde seus hábitos de vida (sejam esses alimentares, de exercícios ou níveis de estresse) estão contribuindo para o seu atual estado de saúde.

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