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Um dos mais respeitados estudiosos do processo de envelhecimento, o Dr. David Sinclair, publicou recentemente um livro sobre o assunto.
Você quer conhecer a essência dos pensamentos dele? Acompanhe esse artigo até final ou assista ao vídeo.
Você vai conhecer algumas das principais teorias sobre o envelhecimento e o que um dos principais estudiosos sobre o assunto faz pessoalmente para reverter o processo.
David Sinclair é um aclamado professor de Harvard que há anos estuda o processo de envelhecimento e formas de retardá-lo.
Ele é um dos mais respeitados do assunto no Mundo e seu trabalho tem sido considerado revolucionário.
Ele foi considerado pela revista Time como um dos mais importantes influenciadores e lançou recentemente um livro intitulado: “Lifespan: Why We Age―and Why We Don’t Have To”, algo como em uma tradução livre: “Longevidade, porque envelhecemos e porque não precisamos passar por isso”.
E esse livro tem sido considerado como um divisor de águas por muitos.
O segredo do rejuvenescimento
Teoria epigenética do Envelhecimento
Ele defende uma linha de raciocínio chamada de Teoria epigenética do Envelhecimento.
Existem 8 marcadores de envelhecimento, sendo as duas principais o desgaste dos telômeros, que são as pontas dos cromossomos onde vive o DNA, e a queda do número e da eficiência das mitocôndrias que são as usinas de energia das células.
Essa teoria que ele defende se baseia na premissa de que o corpo perde ao longo do tempo, ou seja, ao longo do processo de envelhecimento, informações essenciais para seu funcionamento.
E isso influenciaria diretamente nos 8 marcadores de envelhecimento já comentados. Nessa perda de informação as células perdem identidade e função e os órgãos começam a falhar.
Esse processo de falha se chama senescência.
Todas as células do organismo tem um mesmo código genético, porém os vários tipos de células no organismo são muito diferentes.
O que define um tipo de célula ser diferente da outra é o epigenoma e não o código genético.
O Dr. Sinclair comenta que o sistema que controla a expressão de genes, chamado de epigenoma, é o que define quais são os genes que serão ligados e desligados, e que também define a identidade das células, como por exemplo se é uma célula do fígado ou uma célula do sistema nervoso.
Com o tempo esse sistema sofre estresses biológicos e deixa de funcionar, facilitando a senescência e a formação de tumores.
Assista os outros dois vídeos sobre epigenética – Link 1 e Link 2.
Danos ao DNA e recuperação celular
Quando existe dano ao DNA, dano aos cromossomos, a célula precisa parar tudo o que está fazendo e tentar reparar esse dano.
Para isso precisa desempacotar o DNA que em condições normais se encontra enrolado como uma mangueira de jardim que não está em uso, corrigir o problema e se enrolar de novo.
Isso exige muito da célula e ela ainda precisa pegar emprestado proteínas de outras células para fazer isso.
Mesmo assim ainda existem grandes chances de que esse conserto fique parcial e a célula nunca recupere a sua integridade e identidade original.
Para acontecer todo esse processo de desenrolar, consertar e enrolar de novo nós dependemos da função de várias enzimas que são tipos de proteínas.
Existem maneiras de aumentar a eficiência dessas enzimas, como exercícios, jejum intermitente e dieta adequada.
As sirtuínas
As sirtuínas são um grupo de pequenas tesouras que cortam os grupos acetil dentro das proteínas que empacotam os cromossomos, e isso provoca que nessas regiões onde a sirtuínas atuaram, os cromossomos fiquem enrolados ou empacotados; são essas regiões específicas que tem os seus genes silenciados.
Quando as sirtuínas estão sobrecarregadas por muitas células com danos no DNA ao mesmo tempo, isso acaba provocando a expressão de genes que deveriam estar silenciados.
E o que podemos fazer para melhorar o funcionamento dessas tais sirtuínas?
O NAD (nicotinamida adenina dinucleotídeo) funciona como combustível para as sirtuínas e o resveratrol como acelerador de sua função.
Você pode ajudar no funcionamento dessas sirtuínas ao fazer atividade física regular e jejum intermitente.
Essas agressões controladas fazem ativar essas proteínas tão importantes para a regulação de nossos genes.
Outros mecanismos que ajudam na longevidade são diminuir a resposta do mTOR e ativar a via AMPK.
O primeiro se consegue com restrição calórica e a segunda com o uso de metformina ou berberina.
Mais qual seria o regime que pessoalmente o cientista David Sinclair segue?
Ele toma um grama de NMN (Nicotinamida MonoNucleotídeo) que estimula a produção de NAD no organismo e toma meio grama de resveratrol pela manhã com iogurte.
Ele também toma 1 grama de metformina uma vez ao dia à noite. Além disso ele faz tratamentos de choque térmico uma vez por semana.
Ele se expõe ao calor em uma sauna e também banheira de hidromassagem e depois a um banho frio.
Ele alterna entre calor e frio a cada 15 minutos por uma hora.
Os tratamentos de choque de temperatura também são para ativar os caminhos de defesa contra o envelhecimento.
Eles aumentam a longevidade por mecanismos ainda não totalmente esclarecidos e aumenta a quantidade de gordura marrom no corpo que tem mais mitocôndrias que a gordura branca.
Ele também realiza jejum intermitente. Ele pula as refeições e prefere comer à noite. Ele limita o consumo de açúcar, carboidratos e come pouca carne.