Início Nutrientes Poderosos Zinco e cobre – A importância de manter o equilíbrio entre os...

Zinco e cobre – A importância de manter o equilíbrio entre os dois

Zinco e cobre – A importância de manter o equilíbrio entre os dois

Devido a pandemia, o suporte imunológico está ou deveria estar na cabeça de todos.

Várias pessoas antenadas em meu canal e em outros de saúde já sabem que vitaminas e minerais são fundamentais para deixar seu sistema imune top, como é o caso do zinco e cobre, quercetina, magnésio, selênio, vitaminas C e D.

Mas é óbvio pessoal, ao suplementar qualquer nutriente, é importante considerar a quantidade adequada.

Se a ingestão for muito baixa, os resultados podem não acontecer. Por outro lado, se pesar demais na mão, podem ocorrer efeitos colaterais negativos.

Dose Diária Recomendada X Dose Terapêutica

Muita gente confunde o RDA, que é a Dose Diária Recomendada, com a Dose Terapêutica.

Embora a RDA seja a quantidade necessária para prevenir uma deficiência, não é muitas vezes a dose adequada para boa parte das pessoas, que estão em carência.

Muitos nutrientes tem uma variação muito grande de dose dependendo se são usados para mera reposição ou como remédio.

Um exemplo clássico é a vitamina B3.

Quando usado como mera vitamina, considerando o RDA, poucos miligramas diários são necessários.

Quando usado como remédio, 3 ou mais gramas, uma dose mil vezes maior, pode ser necessária.

Além disso os RDAs são específicos para o estágio de vida e o sexo de pessoas saudáveis.

O equilíbrio entre zinco e cobre

Mas qual seria a função do zinco?

O zinco é considerado um dos oligoelementos mais importantes do corpo.

Nas últimas cinco décadas de pesquisas científicas, foi descoberto que existem mais de 3.000 proteínas de zinco no nosso corpo.

Descobertas posteriores ligaram a importância do zinco ao funcionamento adequado de mais de 300 enzimas e 1.000 tipos diferentes de proteínas essenciais para codificar o DNA humano.

Os processos mais importantes nos quais o zinco é um ingrediente essencial são:

  • Codificação de DNA;
  • Divisão celular;
  • Antioxidação;
  • Crescimento e desenvolvimento do cérebro;
  • Função do sistema imunológico;
  • Síntese de proteínas;
  • Cicatrização de feridas.

Problemas da deficiência de zinco

Recém-nascidos com deficiência de zinco podem ter defeitos congênitos e distúrbios metabólicos.

Em pessoas mais velhas, a deficiência de zinco pode estar ligada a:

  • Dificuldades de aprendizagem;
  • Lentidão mental;
  • Retardo na cicatrização de feridas;
  • Diarreia;
  • Queda de cabelo;
  • Lesões nos olhos e na pele;
  • Função imunológica deficiente;
  • Perda de peso;
  • Impotência;
  • Bem como depressão e ansiedade.

Suplementação de zinco

A suplementação de zinco desempenha um papel importante para os indivíduos deficientes ou que não obtêm zinco suficiente em sua dieta.

E é uma das deficiências mais comuns.

Uma vez que nossos corpos não podem produzir zinco, ele é considerado um mineral essencial – aquele que deve ser obtido a partir de alimentos ou suplementação.

A qualquer momento, nosso corpo armazena 2-3 gramas de zinco em nossos ossos e músculos.

Parte desse zinco se esgota a cada dia, pois é usado em uma variedade de funções em nosso corpo, que já mencionamos aqui.

Embora a deficiência severa de zinco seja incomum, uma deficiência leve pode ter uma ampla gama de sintomas devido ao uso de zinco em muitas funções corporais.

Uma coisa importante em relação ao zinco, é sua interação com outro mineral essencial, o cobre.

Mas para que serve o cobre?

O corpo usa cobre na produção de energia e para apoiar a saúde óssea, da pele, dos neurônios e do coração.

O cobre desempenha um papel fundamental nos diferentes processos químicos do corpo.

Processos como a absorção de ferro, defesa contra o estresse oxidativo (que acontece quando a quantidade de radicais livres supera os processos de reparo do corpo) e a função imunológica, tudo isso depende do cobre.

Zinco e cobre são componentes da superóxido dismutase, uma importante enzima antioxidante utilizada pelo sistema imunológico.

Além disso, o cobre contribui para o metabolismo dos carboidratos e é encontrado nos tecidos de partes do corpo como fígado, cérebro, rins e cabelo.

Deficiência de cobre

Embora a deficiência de cobre seja bem menos comum que de zinco, isso pode acontecer quando você ingere muito zinco porque ele compete com o cobre na absorção.

Na verdade, um estudo recente correlaciona níveis suficiente de cobre com a formação normal de neurotransmissores cerebrais.

Os sinais clínicos de deficiência de cobre podem incluir:

  • Anemia (de um tipo que não responde à suplementação de ferro);
  • Um número anormalmente baixo de leucócitos (neutropenia);
  • Osteoporose e outras anormalidades do desenvolvimento ósseo.

Cuidados com o equilíbrio entre Zinco e cobre

O fato de que o cobre compete com o zinco, em tempos de pandemia, é especialmente importante devido a muitas pessoas estarem tomando altas doses de zinco temporariamente por conta do COVID-19.

Evidências e estudos da relação entre zinco e cobre

Portanto, várias pesquisas investigaram a relação entre a ingestão de zinco e o status do cobre.

Nesses estudos, a quantidade de zinco e o tempo de suplementação foram analisados.

A ingestão diária de 60 mg de zinco por 10 semanas acabou resultando em uma diminuição na quantidade do cobre.

Estudos adicionais indicam que a suplementação de cobre junto com zinco ajuda a equilibrar a absorção de ambos os nutrientes.

Muitos médicos como eu da linha funcional e integrativa recomendam uma proporção de 15 mg de zinco para 1 mg de cobre – de preferencia ministrados em horários diferentes.

Se não for possível, usar as formas queladas dos dois.

Uma proporção equilibrada de cobre para zinco desempenha um papel importante na manutenção de um sistema imunológico saudável e a falta de equilíbrio pode atuar como um indicador precoce de certos distúrbios de saúde.

Um estudo recente revelou que o corpo se torna incapaz de produzir a tal superóxido dismutase que eu já mencionei, uma enzima importante no combate ao estresse oxidativo, quando há um desequilíbrio entre o zinco e cobre.

O mesmo estudo também descobriu que os níveis de zinco caem significativamente durante uma doença crônica.

Proporção adequada de zinco e cobre para o cérebro

A proporção adequada de zinco e cobre também é vital para a saúde do cérebro.

Um estudo recente correlacionou a doença de Alzheimer a altos níveis de cobre e níveis relativamente baixos de zinco.

As descobertas foram feitas por meio da triagem de aproximadamente 407 investigações científicas diferentes de 1978, 44 das quais preencheram todos os critérios de inclusão.

Estatisticamente, verificou-se que existe uma relação mais forte entre os níveis de cobre e zinco e a doença de Alzheimer, em comparação com os níveis de ferro e zinco e a doença de Alzheimer.

Estudos em crianças com TDAH 

O TDAH e o TEA em crianças também estão relacionados a uma razão mais alta de cobre para zinco.

Um estudo recente investigou a relação entre os níveis de vários oligoelementos como cobre, zinco, selênio, chumbo, bem como a relação zinco e cobre, em 108 crianças, 58 das quais foram diagnosticadas com TDAH.

O estudo descobriu que havia níveis mais baixos de zinco e uma proporção mais alta de cobre para zinco em crianças com TDAH em comparação com o grupo saudável, indicando uma relação entre os níveis de cobre e zinco e TDAH.

Estudos em crianças com TEA

Um estudo diferente foi conduzido com 120 crianças, 60 das quais eram crianças com TEA, para determinar a relação entre uma relação cobre / zinco e autismo.

Concluiu-se que há uma forte relação entre a gravidade do autismo e o aumento da proporção de cobre para zinco.

Já que os pesquisadores descobriram que crianças com TEA tinham um nível médio no sangue significativamente mais alto de cobre e um nível médio mais baixo de zinco em comparação com o grupo saudável.

Mas afinal, qual é proporção adequada?

Então sempre mantenha a proporção de de 15 mg de zinco para 1 mg de cobre – de preferencia ministrados em horários diferentes.

Alimentos que naturalmente tem equilíbrio desses dois minerais são:

  • Lentilhas;
  • Ostras;
  • Sementes de abóbora, gergelim e girassol;
  • Várias variedades de feijão;
  • Castanha de caju.

Outras castanhas como a do Pará e avelã são mais ricas em zinco.

Outras dicas importantes

Outra coisa que você pode fazer para equilibrar os dois minerais, zinco e cobre, é manter seu nível de estresse sob controle para manter a saúde das glândulas adrenais.

As glândulas supra-renais ou adrenais trabalham em conjunto com o fígado na produção da ceruloplasmina, uma enzima que se liga ao cobre e o transporta dentro do corpo através do plasma sanguíneo.

Certifique-se de consumir outros nutrientes essenciais que podem ajudar a lidar com o possível excesso de cobre, como manganês, vitaminas A, C e B6.

Antioxidantes como o ácido alfalipóico e a glutationa também podem ajudar a remover o excesso de cobre do corpo.

Os níveis de glutationa do corpo desempenham um papel importante na saúde imunológica e na desintoxicação.

Quando há uma alta proporção de cobre para zinco, a capacidade natural do corpo de produzir glutationa diminui.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.