A vacina da gripe protege contra o coronavírus?
A vacina da gripe não funciona para evitar o COVID-19 porque foi projetada para atingir cepas específicas do vírus da gripe.
Enquanto a gripe e o COVID-19 são doenças respiratórias que envolvem sintomas semelhantes, os dois vírus apresentam grandes diferenças.
Por um lado, a gripe é causada por vários vírus e cepas diferentes, enquanto o surto de coronavírus está vinculado a um vírus específico, chamado de síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2, ou SARS-CoV-2.
Sobre a vacina específica para o COVID-19 ainda poderá levar 1 ano ou até mais para uma vacina de fato.
“Quando as pessoas dizem que vamos tomar uma vacina para o COVID-19 em alguns meses, isso é enganador”, disse Gregory Poland, diretor do grupo de pesquisa de vacinas da Mayo Clinic, nos EUA.
Ainda levará pelo menos um ano para que a vacina, se for bem-sucedida em ensaios limitados em humanos, esteja disponível ao público.
Mas, esse é um tempo de espera significativamente menor do que os vários anos que normalmente levam para lançar uma vacina experimental no mercado que seja segura.
O desenvolvimento e licenciamento rápidos de vacinas têm riscos consideráveis. Pode ser ineficaz ou causar sérios efeitos colaterais a saúde.
Reflexão: Será o melhor momento para vacina da gripe?
Quero deixar claro que isso é uma reflexão, talvez, algo que devemos pensar e estudar profundamente com mais calma.
Não estou orientando ninguém a não se vacinar, ok!
Portanto, para meus seguidores, consultem seu médico de confiança.
Para profissionais de saúde, existem várias avaliações diferentes e não desmereço nenhuma delas, apenas estou colocando pontos em reflexão sobre os estudos e principalmente sobre o momento certo para essa campanha de vacina da gripe.
Há riscos e incertezas científicas, quanto ao tempo adequado da campanha de vacinação contra a gripe (“influenza”) em massa proposta agora em março de 2020.
É preciso ponderar, ainda, os riscos epidemiológicos que poderão advir de uma população amedrontada, enfileirada e amontoada em postos de saúdes e nas ruas para receberem uma vacina com histórico de baixa eficácia e cercada de incertezas científicas quanto à possível interação com o coronavírus e outras viroses respiratórias.
Será o momento certo para a campanha de vacinação contra a gripe?
Para os especialistas que recomendam a vacina da gripe neste momento, eles alegam que ela é importante para evitar que você se contamine com outro vírus potencialmente perigoso.
“Isso vai evitar que duas epidemias aconteçam juntas e o caos no sistema de saúde seja menos.”
Porém existem pontos a serem ponderados:
- São vírus diferentes e que podem “conviver” no organismo, isso quer dizer que você pode “pegar” os dois ao mesmo tempo, ou, cada um em um curto espaço de tempo.
- Mas, estando o idoso e pessoa de risco, isolados adequadamente por conta do Coronavírus, vai automaticamente reduzir o risco de também “pegar” a gripe. Seria o ideal ter a vacinação somente, agora, para profissionais da saúde?
- A vacina da gripe não protege contra todos os tipos de vírus do resfriado, somente as Influenza A e B e não protege contra os outros 200 tipos.
- Precisamos de referências científicas convincentes de que a vacinação da gripe não implicará incremento de risco para infecção por coronavírus e outras infecções respiratórias não-influenza, evitando-se, deste modo, mais um complicador neste momento de crise e pandemia por coronavírus.
- Existem suspeitas que os recém vacinados se tornam temporariamente mais susceptíveis as infecções virais e respiratórias causadas por coronavírus e outros patógenos não-influenza.
Pesquisas sobre a eficácia da vacina da gripe
De acordo com o artigo Increased risk of noninfluenza respiratory virus infections associated with receipt of inactivated influenza vaccine publicado em 2012 no Clinical Infectious Disease Journal, a vacina trivalente inativada contra influenza aumentou em 4,4 vezes o risco de contrair outras viroses respiratórias “não influenza”.
A vacinação contra influenza pode aumentar o risco de outros vírus respiratórios, um fenômeno conhecido como interferência de vírus.
Em de 2019, o artigo do Pentágono Influenza vaccination and respiratory virus interference among Department of Defense personnel during the 2017-2018 influenza season, associou a vacina da gripe a um incremento no risco de contrair vírus da “família” coronavírus.
É interessante notar que, embora a vacinação contra influenza sazonal não aumente o risco de todas as infecções respiratórias, ela estava de fato “significativamente associada ao coronavírus e ao metapneumovírus humano” (hMPV).
Aqueles que receberam uma vacina contra a gripe sazonal tiveram 36% mais chances de contrair infecção por coronavírus e 51% mais chances de contrair infecção por hMPV do que indivíduos não vacinados.
Observar a lista de sintomas do Metapneumovírus também é revelador, pois os principais sintomas incluem febre, dor de garganta e tosse.
Os idosos e os imunocomprometidos correm maior risco de doença grave por HMPV, cujos sintomas incluem dificuldade em respirar e pneumonia.
Todos esses sintomas também se aplicam ao COVID-19.
Disponibilizo um PDF com alguns estudos e artigos sobre vacinação neste momento delicado.