Síndrome pós COVID-19 – Como tratar os sintomas persistentes?
Como tratar os sintomas persistentes da Síndrome pós COVID-19?
Uma assustadora realidade está atingindo um número crescente de pessoas que contraíram a COVID-19.
São sintomas desagradáveis que duram não apenas semanas, mas meses após a infecção. Para entender o que é Síndrome pós COVID e como lidar leia o artigo até o final ou assista ao vídeo abaixo.
Ah, tudo o que eu vou falar vai ter referencias bibliográficas no final, ok?
Sintomas persistentes da Síndrome pós COVID-19
Bem, estamos todos familiarizados com os efeitos colaterais desagradáveis que surgem quando adoecemos.
Quer se trate de tosse, dores no corpo ou fadiga – todos nós sabemos que ficar doente não é divertido.
Mas o que acontece quando esses sintomas desagradáveis duram não apenas semanas, mas meses?
E o que acontece quando esses sintomas persistentes fazem seu corpo entrar em parafuso – deixando você imprestável para o trabalho?
Esta é a realidade assustadora e infeliz para um número crescente de pessoas que contraíram a virose, e desenvolveram a chamada síndrome pós COVID.
Hoje vamos mergulhar exatamente no que significa essa síndrome, a causa raiz desses sintomas persistentes e, o mais importante, como podemos começar a lidar com os efeitos de longo prazo desse vírus.
Eu já fiz uma live com a minha competente amiga farmacêutica Leandra meses atrás sobre esse tema.
Síndrome pós COVID-19 – Entenda as causas
Então existe esse grupo de indivíduos para os quais o COVID-19 é muito mais do que uma infecção passageira.
Veja, um número crescente de pessoas que contraíram o coronavírus continua a sofrer uma enxurrada de sintomas, muito depois de o vírus ter sido supostamente eliminado.
Estima-se que entre 50% e 80% dos pacientes com COVID sofram de sintomas persistentes 3 ou mais meses após o início dos sintomas de COVID.
Mais quais seriam exatamente esses sintomas persistentes que as pessoas com Síndrome pós COVID estão experimentando?
Vamos dar uma olhada.
Em muitos casos, esses sintomas contínuos são bastante semelhantes a muitos dos sintomas habituais da fase aguda deste vírus, como:
- Tosse;
- Falta de ar;
- Aperto no peito;
- Fadiga contínua;
- Dores no corpo;
- Dores nas juntas;
- Perda do sentido do olfato e paladar;
- Dificuldade em dormir;
- Dores de cabeça;
- Confusão mental.
Esses sintomas incômodos, por si só, podem ser debilitantes e prejudicar significativamente sua qualidade de vida.
Outros sintomas e complicações
Porém em alguns casos a coisa pode evoluir com muito mais complicações da Síndrome pós COVID.
Alguns portadores da Síndrome pós COVID podem ter condições como:
Problemas no coração
Resultando em insuficiência cardíaca e outras complicações cardíacas.
Lesões pulmonares
Isso devido a cicatrizes no tecido pulmonar levando a problemas respiratórios de longo prazo.
Lesões no cérebro
Como síndrome de Guillain-Barré, convulsões e derrames.
Piora nas condições neurológicas
Podendo levar a doença de Parkinson ou Alzheimer.
Aumento da coagulação do sangue
Pequenos coágulos podem bloquear a circulação para órgãos vitais como rins e fígado e causar danos a esses órgãos nobres.
Vasos sanguíneos enfraquecidos
Resultando em vazamento de sangue e subsequente dano aos tecidos e órgãos. Todas essas complicações podem levar a consequências fatais em alguns casos.
Como ocorre essa evolução dos sintomas?
Mas como exatamente uma infecção viral pode levar a uma gama tão ampla de sintomas de longo prazo aparentemente não relacionados e potencialmente fatais?
Embora mais pesquisas sejam necessárias para compreender completamente os mecanismos exatos de como o COVID-19 provoca esses efeitos de longo prazo, temos uma ideia de como e por que alguns indivíduos acabam tendo esses efeitos residuais.
Como é a respostas do corpo a uma infecção viral?
Veja, uma infecção viral como o COVID-19 pode causar uma mudança massiva na homeostase do seu sistema imunológico – e subsequentemente em todo o seu corpo.
É mais ou menos assim:
- Uma vez contraído, o vírus pode permanecer latente em seu corpo – evitando ser detectado pelo sistema imunológico e desencadeando uma inflamação de baixo nível.
- Quando seu sistema imunológico detecta uma ameaça que parece não conseguir identificar, estimula a produção contínua de mediadores que promovem a inflamação – esgotando ainda mais o sistema imunológico e diminuindo sua capacidade de se autorregular.
- As células de defesa Natural Killers envolvem e removem as células infectadas.
- À medida que o seu sistema imunológico fica cada vez mais desequilibrado, a função das células Natural Killers é reduzida.
- Isso cria um ciclo vicioso de supressão imunológica e esgotamento.
- O vírus também drena a energia das mitocôndrias, as usinas de energia dentro das células, e isso faz faltar energia para a própria célula usar – tudo isso leva ao esgotamento mitocondrial.
Então no final você vai ter dois efeitos devastadores no seu organismo: disfunção imunológica e déficit mitocondrial.
E como consertar tudo isso?
Certamente é muito desafiador, mas possível.
Para combater os sintomas da síndrome pós COVID, precisamos de uma abordagem multifacetada específica que inclui restaurar a saúde do intestino.
Primeira etapa: programa 5-R
Isso é crucial para trazer o sistema imunológico de volta ao equilíbrio. Para fazer isso, a primeira etapa é o programa 5-R, que abrange:
R01 – Remover
Remover e retirar qualquer coisa que possa impactar negativamente o meio ambiente de seu intestino, como alimentos que geram alergia, parasitas, bactérias nocivas e / ou fungos.
R02 – Recolocar
Trata-se de coisas que garantam que seu estômago e intestinos tenham tudo o que precisam para digerir e absorver os alimentos.
Talvez você precise de coisas como enzimas digestivas, ácido clorídrico e / ou ácidos biliares.
R03 – Reinocular
As bactérias boas desempenham um papel monumental na saúde intestinal e no sistema imunológico.
Reinocular seu intestino com bactérias “boas” através de probióticos e alimentos fermentados ajudará a reequilibrar sua flora intestinal e fortalecer a comunicação entre seu intestino e o sistema imunológico.
R04 – Reparar
Se a integridade do revestimento do intestino for comprometida, isso pode criar um ciclo vicioso de ativação imunológica posterior.
Portanto, é importante fornecer ao intestino os nutrientes essenciais de que ele precisa para se reparar, como zinco, antioxidantes, ácidos graxos e glutamina.
R05 – Reequilibrar
Coisas como qualidade e quantidade de sono, seus níveis de estresse e a intensidade de seus exercícios podem afetar seu trato digestório.
Portanto, a chave é fazer escolhas que deem suporte para um intestino e sistema imune saudáveis.
Segunda etapa: Ressuscitação mitocondrial
A segunda etapa é a ressuscitação mitocondrial.
Trazer suas mitocôndrias de volta ao funcionamento normal é fundamental para lidar com os sintomas de baixa energia da síndrome pós COVID.
Dieta anti-inflamatória
Para proteger e reforçar sua produção de energia biológica mitocondrial, recomendo a implementação de alguns ajustes de estilo de vida específicos, como comer uma dieta anti-inflamatória bem balanceada.
Para saber mais assista minha playlist sobre dietas anti-inflamatórias
Sono, descanso e relaxamento
Também priorizar o sono, descanso e relaxamento.
Minimizar sua carga tóxica e obter muitos nutrientes
E obter muitos nutrientes que melhoram o funcionamento das mitocôndrias, como vitaminas do complexo B, coenzima Q10 e vitamina C.
Fazer esses ajustes nutricionais e de estilo de vida simples pode ajudar muito no apoio e na ressuscitação da função mitocondrial.
Terceira etapa: detox do fígado
A desintoxicação é um componente chave para manter o bom funcionamento do sistema imunológico.
E seu fígado é sua usina de desintoxicação.
Aumentar a capacidade do fígado de processar e eliminar toxinas com eficácia é uma parte fundamental para lidar com os sintomas que os sofredores da síndrome pós COVID estão experimentando.
Para reforçar suas capacidades de desintoxicação do fígado, aqui está o que eu recomendo:
- Concentre-se em uma dieta anti-inflamatória
- Limite a ingestão de álcool.
- Beba muita água.
- Minimize a exposição a toxinas – uma boa maneira de fazer isso é comer alimentos orgânicos e investir em um bom filtro de água.
Quarta etapa: Restaurar o sistema imune
A quarta etapa é restaurar o sistema imune. Seu sistema imune foi danificado após a infecção viral, por isso requer restauração e cura.
É crucial se livrar das células velhas danificadas e substituí-las por novas células que não guardam “memórias ruins” da infecção vital.
Para isso, precisamos aprimorar um processo conhecido como autofagia, que estimula a reciclagem celular e promove a proliferação de novas células saudáveis.
Para fazer isso é importante nutrientes específicos que melhoram o sistema imune, como vitamina D e zinco.
Também tomar flavonoides derivados de plantas que aumentam os mecanismos autofágicos, entre eles a quercetina e silimarina.
O jejum intermitente também é muito importante para a autofagia. Além disso é importante ter um sono de boa qualidade. Aumentar a autofagia é um componente chave da função imunológica de cura.
Procurar um profissional de Saúde da Medicina Funcional e Integrativa
A última dica que tenho para te dar é procurar um profissional de Saúde que esteja alinhado com os princípios da Medicina Funcional e Integrativa, que ressalto, não é uma especialidade ou área de atuação médica, mas uma estratégia em Saúde.
E porque isso? A abordagem da medicina funcional abordará a raiz dos problemas que está causando seus sintomas.
Sem abordar essa causa raiz subjacente, os efeitos persistentes de uma infecção por coronavírus podem se transformar em sintomas que alteram a vida e até mesmo ameaçam a vida.
Portanto, buscar a orientação de um médico que tratará o problema – não apenas os sintomas – é fundamental para iniciar o processo de cura.
Confira abaixo uma lista desses profissionais: