Riscos das medicações antidepressivas na gestação
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Considerações epigenéticas em torno da exposição a antidepressivos.
Epigenética é o estudo de mudanças hereditárias em organismos causadas pela modificação da expressão genética – em termos simples é a constatação de que a maioria de nossos genes fica inativo na maior parte do tempo, esperando o momento adequado de ser expresso, ou seja, ser transcrito em RNA mensageiro que irá ser traduzido em uma proteína com função biológica específica.
Nossos genes são ligados e desligados como se fosse um interruptor de acordo com as nossas necessidades biológicas.
Todas as nossas células especializadas tem o mesmo genoma, mas diferentes genes são ativados e desativados, o que irá definir as mais variadas formas e funções para cada um de nossos tecidos.
Podemos dizer que hoje em dia, a partir de extrapolação de dados, que cerca de 30% das doenças são ditadas pela genética pura, enquanto que 70% são definidas pela nutrigenômica e outros braços da epigenética.
O que significa que o seu código genético pode variar dependendo de fatores externos como:
- Ambiente;
- Escolhas de estilo de vida;
- Alimentação;
- Atividade física;
- E como estamos rapidamente aprendendo agora, o uso de antidepressivos, medicações e vacinas.
Riscos das medicações antidepressivas no útero
O risco das medicações antidepressivas no útero tem sido associada a/ao:
- Aumento do risco de nascimento prematuro;
- Baixo peso ao nascer;
- Convulsões infantis;
- Defeitos cardiovasculares;
- Fluido cerebral excessivo ao nascer;
- Menor tamanho da cabeça;
- Baixos escores de Apgar;
- Síndrome de adaptação neonatal;
- Risco de transtorno do espectro autista e problemas cognitivos de desenvolvimento.
Mesmo assim, a maior parte das pesquisas na última década teve como foco saber se os bebês nascem cedo e podem deixar o hospital em tempo hábil.
O que não significa, é claro, que eles nascem totalmente saudáveis, nem que prescrever os antidepressivos ISRS ou SSRIs (inibidores seletivos da recaptação da serotonina) para mãe é do melhor interesse dela ou do bebê.
Pesquisas deveriam estar direcionadas para a exposição aos antidepressivos durante a gestação e lactação, se isso, afetará a metilação do DNA.
Riscos das medicações antidepressivas e seus efeitos colaterais
Conhecendo os efeitos colaterais dos medicamentos SSRIs para um adulto — que incluem disforia tardia ou disfrenia Tardia (Psicose por Supersensibilidade) e sintomas graves de abstinência — como seria a exposição a um antidepressivo, como a fluoxetina, para uma criança na barriga da mãe, cujo corpo ainda está desenvolvendo ou aprendendo a interagir com seu ambiente?
É hora de explorar melhor as questões em torno de antidepressivos, a fim de ajudar as mulheres a considerarem os riscos, os benefícios e as alternativas e olhar para pesquisas atuais em torno de mudanças epigenéticas induzidas pelo SSRIs para entender como o uso destas drogas pode afetar nossas gerações futuras.
Estudos sobre os riscos das medicações antidepressivas a longo prazo
Um estudo recente da Universidade de Ottowa, da Universidade da Flórida, e do Departamento de Pesquisa e Ciência da Saúde Ambiental do governo canadense revelou os efeitos transgeracionais de antidepressivos, isto é como a decisão de uma mulher de tomar medicamentos na gravidez pode afetar a saúde não somente dos seus filhos, como também de seus netos.
No final de um estudo com modelos animais que foram expostos a fluoxetina (Prozac genérico) durante o desenvolvimento embrionário, os pesquisadores concluíram que o estudo foi uma demonstração importante de que “mesmo uma breve exposição ancestral a um antidepressivo comum pode alterar os níveis hormonais, modificar a resposta ao estresse e comportamentos críticos de enfrentamento por 3 gerações” sugerindo que o uso de SSRI na gravidez pode afetar as gerações futuras através de adaptações epigenéticas.
Conclusão
À medida que aprendemos o quão amplamente e profundamente as drogas psicotrópicas afetam nossos corpos e como nossos corpos interpretam nosso DNA, como podemos continuar pensando que os antidepressivos são seguros para adultos, ou, pior ainda, para crianças não nascidas?
Embora a indústria médica esteja acostumada a prescrever medicamentos SSRIs ditos “seguros” para medicar mulheres grávidas e lactantes, estudos estão, cada vez mais, mostrando o quão inseguro é tanto para as mães como para as crianças não nascidas.
A depressão tem sido tratada somente como um desequilíbrio de serotonina, que é uma interpretação simplista da depressão.
Em vez de depender de drogas para “consertar” a depressão, deveríamos pensar em mudar o estilo de vida e a dieta, pois já sabemos que podem causar depressão quando não estão equilibradas.
É hora de utilizarmos a dieta, a meditação e a desintoxicação ambiental, os fitoterápicos e vitaminas como ferramenta inicial de tratamento.
O que, com certeza, também terá um impacto nas futuras gerações, mas, desta vez, positivo.
Consulte seu médico antes de retirar ou iniciar qualquer suplemento ou medicamento.
MATERIAIS EXTRAS
VÍDEO – Você não é escravo dos seus genes. Aprenda o que é epigenética em termos simples
FONTES E ESTUDOS
- https://www.madinamerica.com/2016/06/new-study-finds-brain-changes-in-newborns-exposed-to-antidepressants/?fbclid=IwAR3-ilJfryWciIuitACn2o-sJGlUQU2wopXHv1cFiUw5Gr577F2Hf9eZzcw
- https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0890856716300077
- https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24094568/
- https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26660917/
- https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23656856/
- https://academic.oup.com/cercor/article/27/6/3208/3056370