Proxalutamida – Nova esperança para o COVID-19 grave
Dias atrás foi divulgado um estudo de alto padrão feito no Amazonas com a Proxalutamida que pode ser a melhor opção para casos graves do COVID-19. Acompanhe o artigo ou assista o vídeo até o final e entenda.
Estudo brasileiro padrão ouro com a Proxalutamida
Há alguns dias atrás foi divulgado o resultado de um estudo brasileiro muito aguardado na comunidade médica.
E pode ser a melhor opção no momento para doença avançada, com comprometimento nos pulmões. É um estudo “padrão ouro”. É duplo cego, randomizado e controlado por placebo.
Ou seja, cumpre todos os protocolos para agradar até os mais exigentes negacionistas do tratamento do COVID.
O ensaio clínico envolveu 590 pacientes no total, no qual 294 foram tratados com medicamento e o restante recebeu pílula de farinha ou placebo, além do tratamento clínico padrão nos hospitais em que estavam internados.
O grupo de tratamento recebeu Proxalutamida, um medicamento ainda em desenvolvimento.
O que é a Proxalutamida?
Então pessoal, infelizmente não adianta você tentar comprar esse remédio, não está disponível na farmácia ainda.
Trata-se de um bloqueador androgênico não esteroidal, ou seja, não derivado do colesterol. Não sei se vocês sabiam, mas os hormônios esteroidais são todos os derivados do temido colesterol, como é o caso dos hormônios sexuais, cortisol e aldosterona.
Então, essa proxalutamida se liga ao receptor de androgênio das células, ocupa esse local e não deixa a testosterona e outros hormônios masculinos andrógenos semelhantes atuarem lá.
É praticamente um agente castrador que atua de forma muito semelhante a bicalutamida e flutamida, outros bloqueadores hormonais bem parecidos que já são usados no tratamento do câncer de próstata avançado.
A testosterona aumenta o risco do COVID, isso porque ela induz a expressão de ECA2 e TMPRSS2, duas proteínas-chave para a entrada e infecção celular do SARS-CoV-2.
O estudo conduzido no Amazonas
Então esse remédio que inicialmente foi desenvolvido para ser um inibidor muito potente de andrógenos para fins de tratamento de câncer de próstata avançado, pode ser uma das maiores esperanças para o COVID, também na forma avançada.
O estudo conduzido no Amazonas foi feito em 12 hospitais de 9 municípios do estado, e envolveu pacientes hospitalizados com a média de idade de 53 anos, esses apresentavam saturação de oxigênio abaixo de 90% em ar ambiente, ou seja, precisavam obrigatoriamente de oxigênio suplementar.
No início da medicação, 97% dos pacientes precisavam de oxigênio de forma contínua, sendo que 67% estavam em ventilação não invasiva ou em alto fluxo.
Então tratava-se de pacientes bem adiantados no curso da doença, e eram grande candidatos a entubação.
Após 14 dias, os resultados foram impressionantes.
Resultados após 14 dias
No grupo do remédio morreram 3,7% versus 47,6% no grupo placebo, novamente para quem não sabe o que é placebo, é um produto controle sem ação, uma pílula de farinha, por assim dizer.
- Dias de hospital: Foram 5 dias de hospital para o grupo tratado, versus 5 no não tratado.
- Em termos de entubação: 4,4% do grupo tratado foram submetidos ao tubo versus 52,7% do grupo não tratado.
- Retirados do oxigênio: 92,5% versus 33,3%.
- Ainda hospitalizado no dia 14: 32,8% versus 89,1%.
- Tempo para melhora clínica: 3 dias versus 19 dias.
- Efeitos colaterais graves: nenhum.
O herói por trás desse estudo
Flavio Cadegiani, o cientista brasileiro líder desse estudo, mestre e doutor em Endocrinologia Clínica pela Unifesp/EPM é o herói desse estudo.
Isso porque ele já havia conduzido outros semelhantes com outras quatro drogas, três delas polêmicas.
Entretanto ele é ignorado pela grande mídia. Porque será?
Isso mesmo depois de ter desembolsado 500 mil reais dos próprios recursos para poder garantir que o estudo da Proxalutamida saísse.
Pessoal, cientista nesse país é herói, e o Dr. Flágio Cadegiani pertence a uma classe muito especial de heróis, do tipo que nada contra a corrente mesmo contra todos os obstáculos.
O Dr. Cadegiani possui muito prestígio no exterior. Ele é editor chefe de uma das revistas da Nature, uma das editoras mais conceituadas do meio, e já vinha fazendo um trabalho fantástico durante toda a pandemia, com alta produtividade.
Cadegiani também fez uma outra manobra digna de muita admiração e respeito. Ele exigiu da empresa que desenvolveu a Proxalutamida que não aumentasse o preço do medicamento se o estudo dele lograsse êxito, que foi o que felizmente acabou acontecendo.
Além disso, ele não obteve nenhum lucro financeiro com essa pesquisa, pelo contrário, correu risco ainda de perder 500 mil reais.
Ou seja, Cadegiani marcou dois gols de placa no mesmo jogo. Além de tornar-se um dos maiores cientistas do mundo por encontrar múltiplos medicamentos com alta eficiência, ele mostrou-se um humanista preocupado com o o futuro uso posterior do medicamento, que ele se mantivesse acessível ao público.
E o Dr. Cadegiani afirmou, até onde sabemos, que a Proxalutamida é o primeiro medicamento a demonstrar eficácia contra a nova variante P.1 SARS-CoV-2 altamente transmissível e patogênica, aquela que apareceu em Manaus.
O silêncio e descaso das mídias
Todos vocês sabem da má vontade que está acontecendo na mídia em geral com qualquer tratamento para COVID que não seja alguma droga caríssima em desenvolvimento…
Em recente PodCast, o Dr. Peter McCullough, internista e acadêmico de Dallas, Texas, que é um dos mais respeitados cientistas liderando a resposta à pandemia, um dos pioneiros do tratamento precoce, classificou a demora das autoridades e dos médicos em aderir a protocolos com eficientes resultados práticos como uma “crise de compaixão”.
McCullough também foi testemunha especialista no Senado dos EUA, onde participou da audiência sobre tratamento precoce perante o Comitê de Supervisão do Senado sobre Segurança Interna e Assuntos Governamentais.
Assista a Coletiva de imprensa sobre os resultados da proxalutamida
Considerações finais do Dr. Alain Dutra sobre a Proxalutamida
Em relação a esse medicamento, a minha única ressalva é que é um bloqueador hormonal potente. Mas nesse caso o tempo de uso é curto, de cerca de 2 semanas, e potencialmente esse tempo de uso não deve criar grandes desequilíbrios.
Considerando-se que foi usada em casos graves, e provavelmente vai se manter somente com essa indicação, o pouco tempo de bloqueio hormonal aqui se torna um problema muito pequeno se comparado com o risco grande de morte pelo vírus.
Esperemos que esse resultado do Amazonas se repita no Brasil e no Mundo, e que essa droga não seja boicotada por motivos financeiros e ideológicos.
E também esperemos que esse bloqueio hormonal potente e curto não provoque problemas no longo prazo na saúde hormonal dos pacientes.
Não deixem chegar nesse ponto!
Mas eu queria dar um recado aqui para vocês, não deixem chegar nesse ponto!
Cuidem da sua vitamina D, do seu zinco, do seu magnésio e vitamina C e do Complexo B.
Usem o antiparasitário Ivermectina logo no início de qualquer quadro parecido com resfriado ou gripe.
Maravilhosa notícia Dr! Grata por nos informar e com todos os detalhes melhor ainda…SUPER artigo! Gratidão. Seja feliz.
Fico muito feliz em ajudar