Efeito da Curcumina na tempestade de citocinas induzida por vírus
A curcumina é uma das plantas mais estudadas na medicina, no Google acadêmico são mais de 137 mil artigos sobre o efeito da curcumina, benefícios e ação anti-inflamatória.
Ela já foi comprovada por ajudar no tratamento de condições oxidativas e inflamatórias, síndrome metabólica, artrite, ansiedade e hiperlipidemia.
Estudos recentes do efeito da curcumina em vírus
Como vários outros suplementos naturais, a curcumina também foi identificada como tendo um potencial benefício contra o COVID-19 em um pequeno estudo.
De acordo com o artigo, “Inibidor Potencial da Protease Principal COVID-19 de Vários Compostos de Plantas Medicinais por Estudo de Ancoragem Molecular”, publicado em 13 de março de 2020, em preprints.org, a curcumina foi um dos compostos dentre vários encontrados, in vitro que podem ajudar a inibir COVID-19.
Outros que podemos citar desse estudo in vitro foram:
- A quercetina e o epicatequina 3-galato presente no chá-verde.
Evidências e achados de outros estudos
Outro artigo científico revisado por cientistas na Frontiers in Cell and Developmental Biology, publicada em 12 de junho de 2020 revisou a possível ação da curcumina nos cenários do COVID-19, com evidências de suporte da literatura já existentes e pequenos estudos recentes.
O artigo cita vários estudos em que a curcumina foi efetiva na inflamação pulmonar, fibrose e edema.
É discutido o papel positivo da curcumina nas condições de inflamatórias durante infecções virais.
A revisão também aborda as ações positivas do efeito da curcumina sobre danos funcionais cardíacos e renais causados por infecções virais.
Eles citam que a curcumina tem um efeito inibitório nas tempestades de citocinas induzidas por vírus, que ocorrem como resultado de uma superprodução de células imunes e citocinas pró-inflamatórias.
Estudos e conclusões do efeito da curcumina contra COVID-19
Isso também sugere que a curcumina pode ser de uso auxiliar contra o COVID-19, considerando que a tempestade de citocinas desencadeada na infecção grave e crítica do COVID-19 é o que acaba matando os pacientes.
Pelo menos cinco estudos de destaque, publicados entre 2015 e 2020, sugerem que a curcumina inibe tempestades de citocinas induzidas por vírus. Esses incluem:
- Estudo de 2015 publicado na revista In Vivo intitulado “Curcumin suppression of cytokine release and cytokine storm. A potential therapy for patients with Ebola and other severe viral infections”. Mostrou que a curcumina poderia ser uma terapia potencial para pacientes com ebola e outras infecções virais graves.
- Um estudo de 2018 na revista International Immunofharmacology, que mostrou que a curcumina inibe a replicação do vírus influenza A e a pneumonia induzida por influenza.
- Outro estudo de 2018 no Journal of Food and Drug Analysis, que descobriu que a curcumina inibe efetivamente a infecção por influenza A.
- Estudo de 2019 na Frontiers in Microbiology, que destacou a atividade antiviral da curcumina contra o vírus influenza, vírus da hepatite C e HIV.
- Um estudo 2020 no International Journal of Molecular Sciences que relatou que a curcumina consegue bloquear a infecção pelo vírus herpes simplex tipo 2 (HSV-2) e inibir a produção de citocinas inflamatórias.
Curcumina como agente terapêutico
Aparentemente esses estudos fornecem uma justificativa de que o efeito da curcumina pode ser usada como agente terapêutico auxiliar contra pneumonia resultantes de infecção viral do COVID-19.
Vários estudos in vivo e in vitro demonstraram que a curcumina inibe a produção e liberação de citocinas pró-inflamatórias, como IL-1, IL-6, IL-8, TNF-α.
Há evidências claras de pacientes infectados com coronavírus com altos níveis de citocinas e alterações patológicas no pulmão.
Por exemplo, no plasma de pacientes com COVID-19, altas concentrações de IL-2, IL-6 e IL-7 foram observadas.
Em particular, a IL-6 (Interleucina 6) foi significativamente elevada em pacientes críticos com Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) e foi estatisticamente correlacionada com a gravidade e morte.
No entanto, a curcumina é pouco absorvida pelo trato intestinal, no entanto, formulações intravenosas podem permitir que os níveis terapêuticos de curcumina no sangue sejam alcançados em pacientes hospitalizados e diagnosticados com tempestade de citocinas.
Como utilizar curcumina preventivamente?
Mas para quem quer usar preventivamente e obter o efeito da curcumina, a melhor forma é a cúrcuma longa em suplemento.
Usar em jejum, 2 horas antes ou depois das refeições, com preferência junto a pimenta-preta e com um pouco de óleo de coco, para aumentar mais a absorção.
Se você usa o pó de Cúrcuma, também faça o mesmo processo acima.
Fontes:
- https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25600522/
- https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1567576917304290
- https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S102194981830022X
- https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6509173/
- https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31947962/
- https://www.preprints.org/manuscript/202003.0226/v1
- https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fcell.2020.00479/full
- https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/ptr.6738
Então, segundo entendi deste artigo,eu posso fazer uma mesclá de curcuma com pimenta preta e óleo de Cocó e tomar sem mais nada antes de cada refeição? Mesmo que,eu esteja em jejum?
Sim